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Portugal Notável
4 septembre 2005

Imagem retirada do Inventário artistíco de

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                                   Imagem retirada do Inventário artistíco de Portugal, 1943  

Coimbra-Mosteiro de Santa Cruz (***) VI – Cadeiral Manuelino (*)
Do claustro (**) podemos atingir o coro alto onde está este admirável cadeiral manuelino (*).
Concluído, na sua primeira fase pelo escultor flamengo Machim em 1513, apresenta todo o imaginário místico, religioso e social do Portugal do Século XVI. Na sua decoração conflui pacificamente o sagrado e o profano, erudito e popular, o quotidiano e a lenda.
Assim do coroamento para a base temos: O imaginário régio nas esferas armilares, cruzes de Cristo e armas de Portugal; o imaginário da conquista nas cidades amuralhadas e nas caravelas em cujas velas se destacam emblemas do Islão (Crescentes), da França (flor-de-lis) e de Portugal; o imaginário cristão nos monges e nos guerreiros, nos símbolos da Paixão, nos brasões da Ordem de Santo Agostinho e no cardeal D. Jorge de Almeida; o imaginário sátiro e popular, entranhado de pecados, nas estatuetas disformes de personagens nos limites do rocambolesco; pressente-se com graça Gil Vicente  e temor do bestiário de livro de horas.
Em 1531, quando o cadeiral foi mudado da capela-mor para o coro alto, foram acrescentadas mais 14 cadeiras, pelo francês Francisco Loreto, que teve a habilidade harmonizar os novos temas do renascimento com o estilo manuelino inicial.
A par do cadeiral da Sé do Funchal, este é o único cadeiral medieval existente uma vez que os de Tomar e de Évora se perderam.
Infelizmente o cadeiral está actualmente inacessível ao visitante.

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