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Portugal Notável
29 août 2005

Os mártires de Marrocos em Santa Justa

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Os mártires de Marrocos em Santa Justa

Coimbra-Rua da Sofia II- Retábulo da Igreja de Santa Justa (*)

Quem chega a Avenida Fernão Magalhães, vindo do Norte encontra ao seu lado esquerdo um desforme estacionamento automóvel em terra batida; ao fundo do qual se encontra um conjunto de edifícios em ruínas. Estas que a primeira vista nada representam, com um olhar mais arguto visionam-se alguns pormenores arquitectónicos (uma capela degradada, com gárgulas animalistas). São, nem mais nem menos, que os restos de um imóvel de grande importância para a história da cidade- o Hospital de São Lázaro. Trata-se de um dos primeiros hospitais portugueses, fundado por D. Sancho, e fortemente remodelado por D. Manuel no século XVI. Situava-se fora dos limites de Coimbra, exterior a rua da Sofia, porque se tratava de um hospital de leprosos.
Desta complexa construção ainda existe em ruínas a enfermaria dos homens, a capela e ainda se vêm as paredes das casas que eram destinadas as famílias dos enfermos.
Incrivelmente, na década de 90 do século passado, a enfermaria das mulheres e a casa do despacho foram demolidas pelas máquinas camarárias, para a criação daquele aterrador lugar de parqueamento. É urgente a requalificação deste espaço, bem como de todo aquele terreno situado nas traseiras da fileira de prédios da Avenida Fernão Magalhães. Daria um belo parque de lazer na cidade.
Prosseguindo pela rua da Figueira da Foz, encontramos ao fundo da sua rua a
Igreja de Santa Justa
, que foi construída aqui, devido as cheias do Mondego, substituindo a soterrada a medieval Igreja de Santa Justa- a-Velha (existem ainda alguns vestígios no Terreiro da Erva), transferindo-se dele todos os bens e recheio. Foi abandonada devido às constantes cheias do rio.
A obra foi iniciada em 1710. A sua fachada é sóbria e tradicional de planimetria e formas rectilíneas e representa a transição do estilo renascentista para o barroco e como curiosidade, regite-se que por cima do portal foi colocado, o ruanesco, retábulo proveniente da igreja velha.
Apresenta no interior, quer na capela-mor, quer nas capelas laterais, importantes retábulos de talha joanina. Verdadeiramente grandioso é na capela-mor o retábulo barroco (*), de belas talhas douradas, com colunas torsas recobertas com pâmpanos e pequenas imagens, com camarim central com as interessantes figuras do Padre Eterno, Santa Justa e Santa Rufina.

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